domingo, janeiro 24, 2010

2009 [outra vez]

Por aqui não houve "Melhor de 2009". A magia não chegou para tanto.
Antes de prosseguir, um aviso - o seguinte texto não contempla as inúmeras reedições ou compilações (algumas excelentes, como por exemplo as da Numero Group). Dito isto, vamos lá falar do ano passado.

2009 foi um ano repleto de edições, confirmando a tendência que se tem vindo a observar nestes últimos anos - uma aproximação a sonoridades mais old-school, tanto na óptica do produtor como do consumidor.

A luta entre editoras tem-se vindo a intensificar - positivamente. Cada vez mais se notam as diferentes apostas, os caminhos traçados por cada uma delas - que apesar de convergentes na origem, se vão distanciando no conteúdo. A Stones Throw cimenta ainda mais o percurso de fusão Hip-Hop+Soul+Funk, espalhando talentos por subsidiárias de peso (Now-Again, Cali-Tex, ), a Ubiquity (e a sua Luv N'Haigth) segue o seu caminho com reedições de peso e um Shawn Lee hiper-produtivo que se multiplica em diferentes projectos [todos eles com qualidade acima da média], a Daptone continua a sua política de Stax na época familiar, distribuindo o seu exército Dap-Kings por vários projectos, fazendo as pazes com a Truth & Soul (que editou "My World" de Lee Fields), lançando álbuns do calibre de "What Have You Done, My Brother?" como quem escova os dentes. Já deste lado do oceano, a Strut (re)surge com colaborações de peso, enquanto a Tru Thoughts, a Jazzman e a Soul Jazz prosseguem o seu seguro caminho.
Depois, é claro, aparece sempre alguém que não se encaixa nas editoras de referência... mas que ainda assim nos rebenta os miolos, obrigando-nos a gritos à la Otis Redding ou ao meneio descontrolado das ancas!

Mas depois de um parágrafo tão longo e desorganizado, escrito numa tentativa frustrada de resumo explicativo, o melhor é passar ao que realmente interessa. Mais do que dizer que este é melhor do que aquele, interessa-nos divulgar os álbuns que mais nos marcaram neste ano que passou - e felizmente foram bastantes!

De fora ficaram dezenas de álbuns que, por algum motivo, tiveram notas abaixo de satisfaz muito bem. Mas se o vosso álbum preferido não estiver aqui, indignem-se, manifestem-se, façam-nos saber! Nós queremos debater! Não há nada como explicar os nossos critérios.

Os que se seguem são uma selecção dos que mais emoções nos provocaram - não é disso que se trata quando falamos de Soul? Keep it raw!

Assim, os imperdíveis do ano são:
[ordem aleatória]

Lee Fields & The Expressions - My World



Naomi Shelton & The Gospel Queens - What Have You Done, My Brother?



Shawn Lee - Soul In The Hole



Lord Newborn & The Magic Skulls



Quantic & His Combo Barbaro - Tradition in Transition



Gizelle Smith & The Mighty Mocambos - This Is...



The Dynamites feat. Charles walker - Burn it Down



Breakestra - Dusk Till Dawn




Mulatu & Heliocentrics - Inspiration Information 3




Jimi Tenor & Tony Allen - Inspiration Information 4



Black Joe Lewis & The Honeybears - Tell Hem What Your Name Is



Anthony Joseph & The Spasm Band - Bird Head Son



The Heavy - The House That Dirt Built



Shafiq Husayn - En'a-Free-Ka



El Michaels Affair - Enter The 37th Chamber



Dâm-Funk - Toeachizown



N.A.S.A. - Spirit of Apollo



Joe Bataan Y Los Fulanos - King of Latin Soul



Brownout - Aguilas and Cobras



JC Brooks & The Uptown Sound - Beat Of Our Own Drum




Nacionais--------------------------

New Max - Phalasolo


Cacique 97

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