terça-feira, outubro 31, 2006

Tradução RÁPIDA da entrevista sobre Darondo!


Entrevista cedida pela radio Studio 360. Check it out on www.studio360.org!
e pelo Chris Roose. Check him out on www.transientaudio.net!

e a história reza assim:

E agora vamos ficar com um Dj e coleccionadr de música, Justin Torres.
Torres é um fanático por discos, do tipo que vasculha pilhas e pilhas de Lp’s poeirentos à procura da mais obscura pérola. Ele passou anos a tentar localizar um certo cantor chamado Daron Pulliam, que lançou uma série de singles sob o nome de Darondo. Darondo esteve em alta na área da Baía de S. Francisco (Bay Area) , por um curto período de tempo, chegando mesmo a abrir um concerto de James Brown. Mas quando Justin Torres iniciou as buscas, ele não só tinha sido esquecido como estava completamente desaparecido.
J.T: sabes, Darondo sempre foi um mistério para muita gente, só lançou 3 singles, mas o que teve mais impacto público foi uma canção editada pela City, chamada Didn’t I. É uma canção simplesmente fantástica, que captou a atenção de toda a gente, daqui (EUA) até ao Japão, todos gostam. A primeira vez que eu arranjei a Didn’t I, foi numa garagem – sabes, para um coleccionador de discos às vezes as lojas não são suficientes, nem sequer as feiras são suficientes, por isso tens de ir porta a porta, tentando encontrar pessoas que ainda tenham esses discos antigos. Há uma Black Rebel Motorcycle Club, na 3rd street em S. Francisco, onde encontrei um gajo enorme chamado Big John que me deixou vasculhar todos os seus discos. Foi a primeira vez que vi um Darondo. Quando cheguei a casa e o pus a rodar, apaixonei-me.
A partir daí, e durante dois anos, o meu objectivo foi localizar este cantor. Muitos já tinham tentado, mas ficaram-se sempre pelo caminho. Josh Davis (DJ Shadow) por exemplo, contou-me histórias de como tinha tentado através de telefonemas, perguntando a toda a gente que o poderia conhecer, mas ele parecia ter desaparecido da face da terra. E eu próprio cheguei a um ponto que desisti, já tinha feito tudo o que podia, mas tinha chegado a um beco sem saída. Dois dias depois, estava eu a preparar-me para almoçar, recebo um telefonema de um número anónimo e foi assim:

DARONDO:Vou –te dizer, a primeira vez que eu soube que andavam à minha procura foi par aí há uns oito anos, eu pus o número no meu bolso mas depois não perdi mais tempo para pensar nele. Mas o meu filho telefonou-me e disse-me: Pai, eu tenho o número de um tipo da NME, há alguém a tentar saber se estás vivo ou morto (risos).

J.T: O que realmente nos atraiu foi a o facto de muita gente dizer que ele tinha sido “chulo”, por isso começámos a imaginá-lo com um ar mais slim e a pensar UAU, um chulo a fazer canções de amor destas? Mas do que é que estão a falar?


DARONDO: Houve muito mitos, porque antigamente eu era muito rápido, mas não tão rápido! Sabes do carro? Enquanto os outros guiavam este e aquele, Mercedes Benz, Cadillacs, eu guiava um Rolls Royce, era um 1965 “Superfly”, todo cromado, com um tejadilho descapotável, que se quisesses comer, era só estacionar, puxar a bagageira e desdobrá-la que ela tornava-se numa mesa de pic-nic, como uma mesa de jantar, e até tinha um pequeno fogão eléctrico, para o caso de te apetecer fazer um chá ou mesmo cozinhar enquanto conduzias, esse carro tinha isso tudo!

J.T: Sabes, o que o distingue é que ele adora música. Este era um daqueles gajos do tipo – tu não sabes cantar, vá lá, pára de te enganar a ti próprio. Mas quando dizes ao Darondo que ele não sabe fazer alguma coisa, fazes uma asneira, porque a partir daí ele vai tentar até conseguir fazê-la bem.

DARONDO: então escrevi duas canções – “How I Got Over” e “I Want Your Love So Bad” – porque eu só queria lançar um disco. Liguei ao Daddy e ele disse: rapaz, eu gosto deste som! Por isso, duas semanas depois eu estava a conduzir o meu carro e a ouvir a rádio a passar o meu disco! Mas isto para mim era como um hobbie, era uma coisa que eu queria fazer e queria saber se era capaz de fazer…

J.T.: a minha mulher apaixonou-se pela sua música, e ela já ouviu muita coisa, acreditem, eu vendo discos, é a minha profissão, e já vendi para cima de 20.000 discos.. Por isso, para alguém que nunca gostou realmente deste tipo de música, e à primeira começar a estalar os dedos ao ritmo da música… há muito bons músicos por aí, por isso deixem-nos voltar a mostrar o que valem. Alguns podem não voltar a conseguir o mesmo nível, mas pelos que conseguirem vai valer a pena porque nos vai fazer dizer: porra, olha o que eu andava a perder!


nota do tradutor: por isso é que não devem perder esta pérola!

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